domingo, 9 de março de 2014

Frank Gehry


Frank Owen Gehry, nascido Ephraim Owen Goldberg (Toronto, 28 de fevereiro de 1929) é um arquiteto canadense, naturalizado norte-americano.
Estudou arquitetura na Faculdade do Sul da Califórnia e posteriormente especializou-se em design na Universidade de Harvard.
A intenção de Gehry é de que as pessoas primeiramente se deparassem, antes de perceber que esta se tratando de uma arquitetura. Ela deve proporcionar uma surpresa, uma emoção.
Nos anos 1970, Gehry projetou diversas residências, incluindo sua própria casa em Santa Mônica, na Califórnia. Nessa época estava acontecendo um crescente desencanto com o modernismo, fazendo com que os arquitetos e proprietários passassem a procurar algo novo. Justamente o que o arquiteto Frank Gehry estava propondo: um repensar radical do que podia ser a arquitetura.

Santa Mônica, Califórnia

A importância de Gehry para esse período de reflexão sobre a pós-modernidade, está na relação das suas obras arquitetônicas com as tecnologias atuais, numa espécie de simbiose beleza&tecnologia, onde elas só poderiam existir através do computador e seus cálculos precisos. Gehry confronta as regras e "verdades absolutas" da arquitetura com suas criações exóticas, caóticas, orgânicas, narrativas, que desafiam as leis da física.
Desenvolveu assim, projetos de grande inventividade para edifícios públicos, tornando-se um dos fundadores do Desconstrutivismo, tendência na arquitetura que rompe com a tradição e resgata o papel da emoção.
Vários de seus projetos tornaram-se marcos da arquitetura contemporânea, como o Museu Aeroespacial da Califórnia, o Walt Disney Concert Hall, em Los Angeles, o Fishdance Restaurant, no Japão, e o Vitra Design Museum, na Alemanha.
Como um dos principais expoentes do Desconstrutivismo, Gehry ganhou muitos prêmios, incluindo o Pritzker Prize em 1989. Seu edifício mais conhecido é o Museu Guggenheim em Bilbao, na Espanha, recoberto de titânio, que foi finalizado em 1997.


Museu Guggenheim em Bilbao, na Espanha

Para que essas formas extravagantes de Gehry fossem realmente projetadas e construídas, tiveram que ser feitas com uma ajuda de programas de computação gráfica e com uma tecnologia de materiais elevados, fazendo com que tenham um custo muito elevado. Ele utilizou esses meios digitais de forma bastante criativa. O meio digital servindo de base para a transformação do meio material a ser experimentado.
As criações atualmente vêm sendo modificadas com ajudas dos softwares. Podemos fazer uma comparação desse fato com a industrialização em relação às atividades artesanais, no momento esquecida por muitos, em decorrer do avanço tecnológico. A arquitetura, portanto, começou a fazer parte do mundo da revolução das informações. A velocidade como um fator importante nos cálculos das formas e objetos. Com Gehry isso não ocorre, suas formas de criação ainda são artesanais.



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