terça-feira, 17 de abril de 2012

Processo de revelação em laboratório p&b



Revelação fotográfica é o processo de transformação da imagem latente registrada no filme fotográfico em imagem visivel através de processo químico.
A luz sensibiliza os cristais de prata contidos na emulsão fotográfica que sofrem alterações que resultarão em sua transformação em prata metálica. Para efetivar esta transformação é necessário um acúmulo de energia luminosa.
Quando uma pequena exposição é dada ao filme, os haletos de prata sofrem uma alteração mínima não perceptível (visível somente no microscópio eletrônico), a essa alteração chamamos de Imagem Latente.
A revelação, por processo de óxido-redução, aumenta em cerca de 1 bilhão de vezes a energia captada, concluindo sua transformação em prata preta metálica, produzindo assim uma imagem visível. Os haletos não expostos e, portanto, não reduzidos continuam fotossensíveis, e serão eliminados no processo de fixação.
Todo processo químico (ou reação química) é influenciado por alguns fatores: Concentração ou diluição do agente; Temperatura; Agitação; Tempo.

fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Revelação_fotográfica


Para que um filme preto e branco se torne um negativo, é preciso que ocorram cinco processos. São eles que farão com que a película se transforme em um negativo estável, cujas imagens possam ser visualizadas e ampliadas no papel fotográfico.
Esses cinco processos são: revelação, interrupção, fixação, lavagem e secagem. O primeiro é o que modifica, quimicamente, o filme. O segundo interrompe o processo. O terceiro impede que os agentes fotossensíveis se modifiquem novamente. O quarto é a eliminação de resíduos e o último garante as condições para o manuseamento do negativo.

Os principais tipos de reveladores:
Existem vários tipos de reveladores, e a maioria deles é feita tendo o Metol, a Fenidona e a Hidroquinona como base. As suas composições variam de acordo com a sua utilidade, sendo que os quatro reveladores mais usados são:

Reveladores normais: também conhecidos como "grão fino", o seu objetivo é manter o mesmo contraste ao qual o filme foi exposto, fazendo com que a imagem formada no negativo tenha as propriedades com que foi "clicada".

Reveladores de alto contraste: são ideais para fotolitos e cópias para a impressão de textos, pois não revelam os tons intermediários de cinza. Esses reveladores fazem com que o negativo responda apenas ao preto e ao branco, ou seja, apenas nos pontos em que a incidência de luz foi realmente forte ou realmente fraca.

Reveladores rápidos: têm o seu tempo de revelação reduzido, e podem aumentar o contraste se a sensibilidade do filme for forçada. Esse processo deixa a imagem bastante granulada.

Reveladores Niveladores: eles compensam erros de exposição. O seu uso depende de condições especiais, e ele não pode ser reutilizado. Tem como objetivo compensar os erros de exposição.

Processo de Revelação:
Revelação: Esse primeiro passo para a transformação do filme em negativo se dá através de uma oxirredução, que é uma reação química em que há a transferência de elétrons entre duas espécies químicas. Quando ela acontece, uma das partes perde - é a parte oxidada - e outra ganha elétrons - a parte reduzida.
Nesse processo, o que acontece com o filme é o seguinte: ele é banhado no agente revelador, que vai doar os seus elétrons para o haleto de prata que compõe o filme e o torna um material fotossensível. Ao receber os elétrons, essa prata escurece nos pontos onde ela reagiu mais (que no negativo irão aparecer como pontos mais escuros e, na foto ampliada, serão os pontos mais claros).
E é através dessa reação que se torna visível a imagem formada no filme. Mas ele ainda não está pronto para ser ampliado. É preciso interromper a ação do revelador, antes que ela seja exagerada e oxide demais o filme.

Interrupção: As diferenças químicas entre o revelador (a etapa anterior) e o fixador (a próxima etapa), causam manchas na imagem. Por isso é preciso neutralizar o processo do químico responsável pela revelação. E essa etapa é chamada interrupção.
O agente interruptor serve para cortar o processo de revelação, parando a reação química que vai escurecendo os grãos de prata e formando a imagem.
Para fazer isso, você retira o líquido revelador da bobina onde está o filme, e a enche com água ou ácido acético (qualquer um desses dois funciona como interruptor).

Fixação: Mesmo depois da interrupção do processo de revelação, os grãos de prata não param de reagir e escurecer. Para que isso aconteça, é preciso de uma outra reação química, a fixação.
Existem várias fórmulas de fixadores, sendo que a principal tem como base o tiossulfato de sódio. Esse processo químico serve para duas coisas: estabilizar a imagem, "congelando" as alterações que já ocorreram, e retirar os grãos que não foram alterados pela luz.

Lavagem: O último processo químico do negativo. É preciso lavar o filme, por dez minutos em água corrente, para eliminar todos os resíduos químicos.

Secagem: Agora é só esperar o filme secar, antes de manuseá-lo e começar a ampliação.


terça-feira, 10 de abril de 2012

Papel Fotográfico

Papel fotográfico: É o nome usado, originalmente, para designar um papel revestido com uma camada de produtos químicos fotossensíveis, que são usados para a produção de impressões fotográficas. Os papéis fotográficos contêm uma emulsão de haleto de prata sobre um suporte de papel branco.
A imagem da cópia é composta de quantidades variadas de partículas de prata numa emulsão fixada numa base de papel. A própria base reflete cerca de 90% da luz que incide sobre ela através da gelatina transparente da emulsão.
Como, ocorreram mudanças, como a fotografia digital, esse termo passou a incluir outros tipos de papéis para a impressão de imagem digital, sendo usado o termo fotossensibilidade.
O papel fotográfico é exposto à luz de uma forma controlada, de diversas maneiras, através do uso de um ampliador, seja pela sobreposição de um filme negativo em contato direto com o papel, ou pela colocação de objetos sobre o próprio papel para a produção de um fotograma (aqui). Em todos os casos, o papel é posteriormente revelado para a produção de uma imagem visível.

Variedades de papéis: Além da grande variedade de papéis fotográficos, o alto nível atual de interesse pela fotografia parece ter encorajado os fabricantes a produzir papéis capazes de manter uma gama excepcional de contrastes, com brancos brilhantes e negros profundos. Em meio a tantos materiais de alta qualidade, cabe ao fotógrafo ou laboratorista aprender a escolher e trabalhar com eles para conseguir uma excelente cópia final. Os papéis fotográficos possuem quatro camadas: suporte, substrato, emulsão e camada protetora. Diferenciam-se pelo tipo de emulsão, acabamento da sua superfície (textura), brilho, contraste, cor e peso (volume).
Os papéis RC (resin-coated) ou resinados, recebem uma camada de polietileno que evita que eles fiquem encharcados pelas substâncias químicas. Eles podem ser lavados com muita rapidez, já que os resíduos químicos são facilmente removidos.
Entretanto, hoje em dia há sérias dúvidas a respeito de seu armazenamento, pois a camada de polietileno tende a se deteriorar com o tempo.
Em sua maioria, os papéis têm uma camada de monóxido de bário (barita) entre a emulsão e a base. A barita é uma substância argilosa, e essa cobertura suaviza a textura inerente ao papel.
Papéis mais espessos (peso duplo) resistem melhor aos rigores do processamento do que as variedades mais leves, sendo mais resistentes a pressões e rupturas. Também ficam bem mais planos após a secagem e podem ser montados com mais facilidade. Apesar de os papéis de peso simples serem mais delicados e exigem muitos cuidados, eles são mais apropriados no processamento de grandes volumes e no caso de cópias que são secas em prensas de secadoras ou secadoras de tambor; também é mais fácil retirar deles os resíduos químicos. No processamento de cópias grandes o papel de peso simples quase sempre se danifica.

Propriedades físicas dos papéis:
Textura: Extremamente lisa, rugosa, texturizada, intermediária.
Brilho: É um brilho extremamente forte ate a superfície muito fosca, oque diferencia um papel brilhante do fosco é a visualização dos pretos. O papel brilhante vai aparecer mais contrastado que o fosco, porque o preto parece mais denso ou escuro.
Peso: O peso é referente à sua espessura, leve, média, dupla, simples.
Tonalidade: A cópia final e sua coloração dependem do tamanho dos grãos, e também é afetada por mudanças na cor da base.
Tons frios: papéis de brometos de prata. Grãos de brometo de pratas geram grãos mais grosseiros, e dão uma imagem de cor preto neutro.
Tons quentes: Papeis de cloreto de prata e cloro-brometo de prata (Ektalure da Kodak) possuem grãos bem menores e geram imagens com tons mais quentes, ou seja, marrons.

Propriedades fotográficas do papel:
Contraste: Define-se a diferença de densidade em duas áreas.
Papeis de contraste fixo: O papel pode ser muito ou pouco contrastado, isso depende do número do grau dado pela numeração 1, 2, 3, 4,5. Quanto maior o número, mais contrastato.

Papéis de contraste variável: Usando o mesmo papel, e a utilização de filtros coloridos, é possível sensibiliza as camadas, diferentes da emulsão, as quais produziram variação de contraste. Mais vermelho, mais contraste, mais amarelo menos contraste.


Fonte:
ADAMS, A. Materiais para cópias: papéis fotográficos. In: ADAMS, A. A Cópia. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2005. p.51-69.
Schisler, Millard W.L Revelação em Preto e Branco: a imagem com qualidade SP: Martins Fontes, 1995
http://pt.wikipedia.org/wiki/Papel_fotográfico

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Pinhole

O que é Pinhole?
Do inglês, buraco de alfinete - é o nome dado à técnica que irá permitir que o fenômeno fotográfico se dê em um ambiente sem a presença de lentes (componente das máquinas fotográficas convencionais). Um furo é o que permite a formação da imagem em um recipiente ou espaço vedados da luz. A projeção de imagens por este método é uma lei física, e já é conhecida pelo homem desde a Antiguidade. Antes do advento da fotografia (séc.XIX), as projeções pinhole eram instrumento científico de visualização de eclipses e no estudo das estrelas; nas artes, as imagens pinhole serviam de molde para os pintores paisagistas. O desenho abaixo, de autoria do astrônomo Gemma Frisus, ilustra a projeção pinhole para observações de fenômenos astronômicos:
A princípio, qualquer espaço protegido da luz pode servir como câmara escura: de latas e caixas das mais distintas proporções até espaços menos convencionais, mas com entrada de luz que possa ser controlada, como um refrigerador, um baú, um armário, uma sala, ou um automóvel. Em cada caso existe um tamanho de furo apropriado para que a projeção se dê de forma nítida, pois é por este princípio que a projeção, e por consequência a fotografia pinhole, são possíveis. Este furo pode ser determinado através de uma fórmula matemática relacionada às dimensões do recipiente escolhido. O recipiente furado passa então a ser uma câmara escura, com a qual podemos produzir fotografias ao colocar filme ou papel fotográfico no seu interior.
Um furo bem calculado e executado garante às imagens uma nitidez indiscutível, que caracteriza as imagens pinhole. O furo é sempre minúsculo se comparado à dimensão da câmara escura; como consequência, requer obtenções fotográficas de tempos relativamente longos, se comparados ao click da câmara fotográfica. As imagens, também, sofrerão distorções se o recipiente onde o papel fotográfico é colocado não possuir paredes planas (pode ser um recipiente cilíndrico, como é o caso de muitas latas).

Materias necessários para construir a sua pinhole com lata de achocolatado:
-1 lata de achocolatado (nescau)
- 2 folhas de papel A4 preto
- fita isolante
- cola
- um pedaço de alumínio (um pequeno quadrado que pode ser de latinha de refrigerante, este será seu futuro obturador)
- prego
- lixa
- agulha

Primeiro você vai vedar a lata, usando o papel A4 preto, ou então você pode usar spray preto, tinta preta fosca, ou até mesmo color set preto, você encontra esses materiais em qualquer livraria. Depois de ter feito isto, você irá fazer o mesmo com a tampa, pois toda a lata deve ser vedada no seu interior. Usando um prego, você fará um pequeno furo, e com a lixa irá retirar o "excesso" que ficou dentro da lata, o "volume" provocado pelo furo que ficará em torno, em seguida, coloque o pedaço de alumínio que você cortou da latinha de refrigerante (com cuidado!) e cole em cima do primeiro buraco feito com o prego e, então fure este com a agulha. Vale lembrar que este pequeno pedaço de alumínio também precisa ser vedado, usar a tinta ou spray nesta fase é uma boa solução aos invés de papel ou color set. Para finalizar, corte um pedaço de fita isolante e cole do lado de fora sobre o oríficio o qual, será seu obturador, a fita adesiva servirá como "botão" para "disparar" a câmera.
Agora você está quase pronto para sair fotografando com a sua pinhole, apenas necessita do papel fotográfico (negativo), que será colocado dentro da lata de forma que a luz quando entrar na sua câmera atinja-o de frente (deve ser posicionado como mostra na imagem acima), pois lembrando, que o papel fotográfico é sensível a luz, falaremos sobre ele no próximo post.

Minha Pnhole pronta, com a fita isolante sobre o obturador.

Fizemos uma atividade em aula, utilizando como cenário dois manequins, e garrafas de bebidas, abaixo uma foto feita com 5 minutos de exposição, para teste:
Como podemos perceber, a imagem não está nítida, apenas vemos alguns vultos e borrões, sendo necessário uma exposição em um tempo superior ao de 5 minutos, por conta da iluminação. Sendo este processo feito à luz natural do dia, podemos obter uma imagem melhor em até 15 segundos.
Importante: O papel também será submetido ao processo de revelação.