terça-feira, 22 de maio de 2012

Zone System - Ansel Adams

Ansel Adams (1902 - 1984)

O chamado Sistema de Zonas foi criado por Ansel Adams (1902-1984) em parceria com Fred Archer. É nada mais que um método fotográfico, com a ideia de criar uma nomenclatura adequada para a luz, uma técnica fotográfica para determinar a exposição ideal do filme e seu processamento fotográfico.

Ansel Adams foi um fotógrafo dos Estados Unidos da América, trabalhou essencialmente no campo da fotografia paisagística. Adams era músico, tinha um grande talento musical, aprendeu sozinho a tocar piano com 12 anos de idade. Sua vontade de transpor para a fotografia os tons de cinzas como notas musicais deram origem à sua metodologia. Ela estabelece relações entre os vários valores de luz do sujeito e as correspondentes densidades registradas no negativo.

Era uma tecnologia inovadora e de baixo custo. Qualquer fotografia contém menos detalhes que o olho humano vê, daí surge a necessidade de se medir a luz sobre o assunto fotografado. Utiliza-se o fotômetro, que é um instrumento que permite combinar a abertura do diafragma e velocidade do obturador.

A capacidade dos filmes negativos em registrar tons fica restrita a 10 tons diferentes que vão
do preto até o branco da base do papel. O espectro tonal do filme foi dividido em dez zonas e para cada uma destas zonas foi atribuída uma definição de como ela deveria ser representada na ampliação.

Vamos simplificar o conceito original de Adams:

Zona Tons Observações
0 5.0 Preto máximo do papel fotográfico. Preto puro.
I 4.0 Tom percebido com o preto, levemente diferenciado do –3.0.
II 3.0 Cinza escuro, limite entre o visível e invisível de texturas.
III 2.0 Primeiro tom de cinza escuro.
IV 1.0 Cinza Intermediário.
V 0 Cinza médio padrão. Índice de reflexão 18%.
VI +1.0 Cinza claro.
VII +2.0 Tom de cinza mais claro, com percepção definida das texturas.
VIII +3.0 Último tom de cinza claro, onde as texturas não são mais reconhecidas.
IX +4.0 Branco máximo do papel fotográfico. Branco puro.

Podemos ainda subdividir esta escala em 0.5 ou até 0.3 pontos, limite de percepção dos filmes profissionais ou das câmaras digitais DSLR.

Para criar o cinza médio que fica na zona V, vou citar um exercício retirado de um site mais abaixo.

Sempre que expomos o filme com a fotometria em 0, teremos o padrão cinza médio, também utilizado pelos fabricantes para aferirem seus respectivos fotômetros e a vasta gama de sensibilidade dos filmes. Analisando uma cena, devemos saber em qual zona vamos trabalhar e o que é importante retratar na nossa cena. Podemos usar o fotômetro que pode medir este ponto importante, e assim para a exposição recomendada que aponta para a zona V e compensamos esta exposição abrindo e fechando pontos para chegar na mesma. Assim alcançaremos resultados mais próximos do que enxergamos e possibilita criarmos o controle tonal, como conhecemos todos os processos da imagem, podemos manipular a produção da imagem.

Para compreender melhor esta escala, fotografe uma placa de Isopor Branca. Fotômetro, procurando sempre mantê-lo em 5.6 e variando a velocidade. Exponha corretamente seguindo fielmente a leitura do fotômetro. Obteremos assim o Valor 0 (Cinza médio 18%).

Agora, é só abrir +0.5 ponto (entre 5.6 e 4). Desta forma obteremos o cinza claro.
Abrir um ponto, vai ter o cinza Claro, abrindo mais um ponto, terás o Branco real, com a textura do Isopor.
Agora partindo da Leitura Normal do Fotômetro (Cinza Médio) feche um ponto.
Terás o cinza escuro, em seguida, feche mais um ponto terá o preto com textura.
Este é o fundamento básico de Ansel Adams! Simples, não?
Agora, se houver algum problema, seu fotômetro não deve estar calibrado.

Bibliografia:
http://focusfoto.com.br/fotografia-digital/blog2.php/compreendendo-o-sistema-de-zonas
http://digiforum.com.br/viewtopic.php?t=12523
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ansel_Adams

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