sexta-feira, 12 de setembro de 2014

U_PUB Tributo a Hércules Florence

Tributo a Hércules Florence
Produção em grupo: Augusto Dias, Débora Melo, Robinson Cardoso, Valmor Meneguzzo Junior.
Fotografia: Valmor Meneguzzo Junior
Professor: Fernando Pires

Antoine Hercule Romuald Florence (Nice, França 1804 - Campinas, São Paulo 1879). Desenhista, pintor, fotógrafo, tipógrafo, litógrafo, professor, inventor. Chega ao Brasil em 1824. Trabalha no comércio e numa empresa tipográfica, antes de ingressar na Expedição Langsdorff como desenhista, entre 1825 e 1829, ocasião na qual concebe um método para a transcrição do canto dos pássaros denominado zoophonia.  Reside na Vila de São Carlos (atual Campinas), onde inventa um processo fotográfico em 1833, batizado de photographie (fotografia). Foi o primeiro a usar a técnica Matriz: negativo/positivo, empregado até hoje. Trabalhou sem descanso no processo de fixação de imagens através da luz solar. Suas anotações e pesquisas são elementos relevantes para nos levar a crer que ele antecedeu Daguèrre na invenção da fotografia.
 A anotação em seu diário é bem clara: “A fotografia é a maravilha do século. Eu também já havia estabelecido os fundamentos, previsto esta arte em sua plenitude. Realizei-a antes do processo de Daguèrre, mas trabalhei no exílio. Imprimi por meio do sol sete anos antes de se falar em fotografia. Já tinha lhe dado este nome; entretanto, a Daguèrre todas as honras.”
 É responsável por diversas outras invenções, entre elas a polygraphie (poligrafia), um sistema de impressão simultânea de todas as cores primárias. Em 1842, lança O Paulista - o primeiro jornal do interior da província de São Paulo - e, em 1858, imprime em sua litografia o Aurora Campineira, o primeiro jornal de Campinas. Seu talento múltiplo atrai a atenção do imperador dom Pedro II (1825 - 1891), que o visita em Campinas, em 1876. É autor de vários livros, entre os quais se destaca Viagem Fluvial do Tietê ao Amazonas, publicado em 1875.
Habilidoso, contudo solitário, no ano de 1833, inventou uma câmera fotográfica rudimentar – utilizou uma chapa de vidro em uma câmera escura, cuja imagem era passada por contato para um papel sensibilizado –, descobrindo isoladamente a fotografia no Brasil.





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